Cinfães 1-4 FC Porto: O especialista Farías e o goleador Guarín ajudaram a chegar aos quartos-de-final

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Guarín marcou dois golos Fernando Veludo (arquivo)

A segunda linha do FC Porto qualificou o campeão para os quartos-de-final da Taça de Portugal com uma goleada (4-1), em Cinfães, sobre o clube local, o único da III Divisão que, até hoje, ainda sobrevivia na competição. O intervalo, desta vez, não serviu apenas para uma viagem rápida até à casa de banho ou ao bar, porque os “dragões” foram diferentes antes e depois da pausa — antes, mostrou-se o Cinfães; depois, apareceram o especialista Farías e o goleador Guarín.

O Cinfães, que mostrou a razão de ter eliminado três formações de escalões superiores até defrontar o FC Porto, equilibrou as coisas na primeira parte. A maioria dos fotógrafos apostou na baliza de Miguel Matos, mas foi na de Nuno que houve mais acção nos primeiros minutos, graças aos seus extremos, Miki e Mauro, este autor do primeiro remate com algum perigo do jogo (9’). Nesta altura, os atletas da equipa cinfanense, com boa técnica, trocavam bem a bola.

O FC Porto demorou 25 minutos a chegar com perigo à baliza do adversário – o cabeceamento de Rolando, um dos melhores e o único titular usado de início por Jesualdo Ferreira, saiu por cima.
A combinação da rapidez e qualidade de alguns jogadores do Cinfães com o ânimo provocado por a equipa estar a disputar o jogo da sua vida criou dificuldades ao FC Porto, que, com vários passes errados, não conseguia ligação entre os seus elementos. A prova de que algo estava mal foi a substituição, ainda na primeira parte, do jovem Tengarrinha, titular pela primeira vez, por Candeias. Com o extremo os portistas melhoraram. Mas só depois do intervalo.

Lucho não precisou de entrar

A primeira acção relevante da segunda metade foi a ordem para aquecer dada por Jesualdo Ferreira a Lucho González e Hulk. Um sinal de que o FC Porto poderia vir a precisar deles. Mas pouco depois, Farías ajudaria a serenar a equipa portuense, concluindo com sucesso uma jogada argentina. O avançado, que tinha servido Mariano González no início do lance, marcou na recarga a um remate do compatriota (52’). Foi o golo da ordem de Farías, que é perito na Taça de Portugal: marcou seis vezes em seis jogos na prova. Esta época, tinha festejado dois com o Sertanense. Ainda assim, Hulk entrou no jogo.

O FC Porto teve algum tempo para festejar, mas não muito, porque Sérgio Silva, de cabeça e após um canto, empatou (75’), levando à loucura a fatia de bancada que não era pelo FC Porto. Mas o Cinfães ainda teve menos tempo de glória. Na jogada seguinte, Lino marcou um livre e Guarín voltou a colocar os favoritos em vantagem, de vez.

O Cinfães acabou aí. Quatro minutos depois, Farías isolou Candeias e este não falhou no duelo com o guarda-redes. E, até final, o FC Porto teve mais algumas oportunidades, marcando novamente através de Guarín — o colombiano cabeceou certeiro após um canto de Hulk. Foi o oitavo golo portista obtido na sequência de um lance de bola parada. E Lucho não precisou de entrar.

Ficha de jogo

Jogo no Estádio Mun. Prof. Cerveira Pinto, em Cinfães. Assistência Cerca de 7500 espectadores
Cinfães
Miguel Matos 5, Nakata 6, Jonas 6, Kipulo 5, Luís 6, André Pinto 5, Rogério 6, Rui Gonçalves 6, Mauro 6 (Zé Pedro -, 85’), Miki 6, Sérgio Silva 6 (Sidon -, 89’)FC Porto
Nuno 6, Tengarrinha 5 (Candeias 6, 35’), Rolando 7, Stepanov 6, Lino 5, Pelé 6, Guarín 7, Tomás Costa 6, Tarik Sektioui 6 (Hulk 6, 71’), Mariano González 6, Farías 7 (Rabiola -, 87’)Árbitro
João Capela 6, de Lisboa. Amarelos
Não houve.Golos
0-1, por Farías, aos 52’; 1-1, por Sérgio Silva, aos 75’; 1-2, por Guarín, aos 78’; 1-3, por Candeias, aos 82’; 1-4, por Guarín, aos 86’.

Notícia actualizada às 18h57
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