Atentados de Bombaim: Paquistão confirma detenção de mais dois suspeitos

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Os atentados de Bombaim provocaram mais de 170 mortos, incluindo nove terroristas Punit Peranjpe/Reuters

"Os dois suspeitos foram detidos e está em curso um inquérito”, declarou Gilani aos jornalistas.

O Paquistão já assegurou, porém, durante o dia de ontem, que não irá entregar à Índia nenhum suspeito de envolvimento nos ataques de Bombaim, acrescentando que o país se encarregará de os julgar, se necessário.

Islamabad foi ainda mais longe ao afirmar estar preparada para uma nova guerra se Nova Deli decidir levar a cabo uma acção militar contra o Paquistão como forma de represália.

Desde sábado, face a uma forte pressão da Índia, mas sobretudo de Washington, as autoridades paquistanesas detiveram 16 pessoas próximas ou directamente ligadas ao Lashkar-e-Taiba, acusado por Nova Deli de ter organizado e perpetrado os atentados de Bombaim que provocaram mais de 170 mortos, incluindo nove terroristas.

Entre os detidos está Zaki-ur-Rehman Lakhvi, que, segundo Nova Deli, foi um dos principais organizadores dos ataques. Lakhvi foi capturado no sábado perto da localidade de Multan, no centro do Paquistão.

Outras 14 pessoas foram detidas no domingo e na segunda-feira na parte paquistanesa de Caxemira durante um ataque contra um campo para pessoas desfavorecidas de uma organização de caridade muçulmana, a Jamaat-ud-Dawa, considerada como o braço político do Lashkar.

Um décimo sexto homem foi igualmente detido domingo em Rawalpindi, perto de Islamabad.

Apesar das detenções Yousuf Raza Gilani negou agir sob pressão do seu vizinho indiano. “Qualquer que seja a acção levada a cabo, isso será feito no interesse no país e da sua população”, assegurou.

As duas potências nucleares já estiveram envolvidas em três guerras desde a criação de ambos os países, em 1947, tendo estado à beira do quarto conflito em 2002, após um ataque imputado ao Lashkar-e-Taiba no dia 13 de Dezembro de 2001 contra o Parlamento indiano, em Nova Deli.

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