Grécia: motins e violência continuam esta manhã na cidade de Salónica

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os confrontos entre manifestantes e a polícia já duram três dias John Kolesidis/Reuters

Dezenas de feridos e estabelecimentos comerciais, entre lojas e bancos, destruídos, são o balanço de três dias de violência, que já estão a gerar efeitos negativos na economia nacional grega.

A morte do rapaz de 15 anos foi apenas um pretexto para a saída à rua dos protestantes, descontentes com o Governo conservador do primeiro-ministro Costas Caramanlis, que tem vindo a descer nas sondagens e com um fosso social cada vez maior entre ricos e pobres no país.

As ruas de Salónica, a segunda maior cidade grega, foram palco já esta manhã de novos motins. As autoridades tentaram controlar cerca de 300 manifestantes, identificados como apoiantes da esquerda, com gás lacrimogéneo. O próprio Partido Comunista grego já apelou a uma manifestação contra a morte do adolescente, apesar de já terem sido detidos dois polícias responsabilizados pela morte – um acusado de homicídio doloso e outro de cumplicidade no acto.

Em Atenas o trânsito e as pessoas voltaram a circular, mas paira um clima de medo e insegurança após os violentos confrontos entre manifestantes e forças de segurança, que puseram a capital grega a ferro e fogo durante todo o fim-de-semana.

Está marcada uma greve geral para quarta-feira, na Grécia, em protesto contra as baixas pensões de reforma e as políticas económicas do Governo.

Segundo os estudantes, é normal o arremesso de bombas incendiárias contra as forças policiais em manifestações de desagrado de estudantes anarquistas em certos bairros da capital. Segundo a polícia, os agentes terão disparado vários tiros de aviso para dispersar os adolescentes em fúria na noite de sábado, antes de alvejarem o rapaz de 15 naos. Mas testemunhas disseram aos canais de televisão que o polícia em causa tinha como alvo o rapaz atingido.

Professores universitários estão hoje também em greve contra a morte do adolescente: “Podia ser um filho nosso, um irmão”, afirmam.

Notícia corrigida às 17h00
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