Investigadores revelam o potencial antioxidante da planta medicinal Vinca

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A Vinca é uma planta oriunda de Madagáscar que pode ser encontrada em qualquer jardim DR

A equipa de investigadores encontrou 15 novos compostos desconhecidos na Vinca. O resultado da pesquisa - que, em Portugal, envolveu o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), a Faculdade de Ciências e a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e, em Espanha, o grupo de investigação do Centro de Edafologia Y Biologia Aplicada del Segura CEBAS (CSIC) - foi publicado na última edição da revista Journal of Agricultural and Food Chemistry. As capacidades da planta medicinal reveladas agora poderão ajudar a rentabilizar a sua cultura.

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A equipa de investigadores encontrou 15 novos compostos desconhecidos na Vinca. O resultado da pesquisa - que, em Portugal, envolveu o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), a Faculdade de Ciências e a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e, em Espanha, o grupo de investigação do Centro de Edafologia Y Biologia Aplicada del Segura CEBAS (CSIC) - foi publicado na última edição da revista Journal of Agricultural and Food Chemistry. As capacidades da planta medicinal reveladas agora poderão ajudar a rentabilizar a sua cultura.

A Vinca é uma planta oriunda de Madagáscar que pode ser encontrada em qualquer jardim. Há quem lhe chame vinca-de-gato, vinca-de-madagascar, boa-noite, maria-sem-vergonha, bom-dia. As suas folhas simples são muitas vezes usadas, em infusões, para o tratamento de diabetes, febre, reumatismo, entre outras doenças. Terão sido as suas alegadas propriedades antidiabéticas que levaram ao estudo dos primeiros compostos anticancerígenos de origem natural com utilização clínica, a vincristina e a vinblastina Segundo o comunicado divulgado hoje pelo IBMC, “o achado revolucionou a cultura da Vinca com a implementação de vastas plantações pelo mundo, em particular no hemisfério sul. No entanto, para obter alguns miligramas dos alcalóides anticancerígenos são necessárias toneladas de planta, já que esta os produz em quantidades muito reduzidas”. Porém, agora, há mais razões para cultivar Vinca.

Mariana Sottomayor, investigadora IBMC, explica que “o potencial terapêutico da planta orientou a investigação quase exclusivamente para a descoberta de um certo tipo de compostos –os alcalóides- que são o grupo onde se incluem os compostos anticancerígenos”. No entanto, agora a pesquisa foi orientada para os compostos fenólicos com propriedades antioxidantes. “Os investigadores revelaram a presença de 15 compostos fenólicos nunca referenciados antes para a Vinca e a presença de actividade antioxidante significativa, com maior incidência nas pétalas e sementes”, revela o comunicado.