Ermida Nossa Senhora da Conceição transformada em pólo cultural

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A renovação da ermida Nossa Senhora da Conceição deu um novo espaço cultural à zona de Belém Carlos Lopes (arquivo)

A exposição "Espera por mim", com obras de quatro artistas plásticos portugueses, inaugura na terça-feira a renovada Ermida Nossa Senhora da Conceição, em Lisboa, como um novo espaço cultural na zona de Belém.

A exposição apresenta obras de Albuquerque Mendes, da dupla João Maria Gusmão & Pedro Paiva e de Rui Chafes, que criou uma escultura de propósito para a ermida, com o título "Espera por mim".

A ermida Nossa Senhora da Conceição foi erguida em 1707 e pertence actualmente a Eduardo Fernandes, um oftalmologista de profissão que quer "viver cultura e não vender cultura". A ideia, segundo Eduardo Fernandes, é transformar a ermida num espaço cultural, no âmbito de um projecto maior para a Travessa do Marta Pinto, rua onde está localizado o antigo espaço de culto religioso.

É nessa rua que Eduardo Fernandes quer criar a Travessa da Ermida, um espaço de cultura que inclui a ermida, uma enoteca, que abriu há um ano, e uma oficina de joalharia, que deverá abrir ainda este ano. "Entre os Jerónimos e São Bento não há nada do ponto de vista cultural", disse o proprietário da ermida.

Além de espaço de exposições, a ermida terá ainda um espólio de arte contemporânea e pretende ser um local para a realização de outras actividades, como lançamento de livros.

Mandada erguer há 300 anos por um homem de negócios, a ermida sobreviveu ao terramoto de 1755 e esteve sempre nas mãos de privados. Chegou a ser uma loja de colchões e foi adquirida por Eduardo Fernandes em 2003.

O pequeno espaço da ermida sofreu agora obras de remodelação para poder abrir ao público, mas está prevista uma intervenção arquitectónica mais aprofundada, para que seja feito, por exemplo, um levantamento do património de azulejaria.

Para Setembro, altura em que terminará a exposição "Espera por mim", será lançado um livro sobre a história da ermida Nossa Senhora da Conceição e da Travessa Marta Pinto, da autoria de Inês Campos.

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