Sócrates reúne-se hoje com Chávez pela terceira vez em menos de oito meses

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José Sócrates esteve no início de Maio em visita oficial à Venezuela e agora é a vez de Chávez regressar a Lisboa, onde estará até amanhã Sebastien Pirlet/Reuters

O primeiro-ministro, José Sócrates, recebe hoje o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao fim da tarde, em São Bento, onde deverão ser assinados acordos bilaterais económicos, com especial incidência nos domínios das obras públicas, habitação e energia.

Este será o terceiro encontro entre Sócrates e Chávez em menos de oito meses, depois de uma primeira deslocação do chefe de Estado venezuelano a Portugal em Novembro.

José Sócrates esteve depois no início de Maio em visita oficial à Venezuela e agora é a vez de Chávez regressar a Lisboa, onde estará até amanhã, no âmbito de um périplo europeu que já o levou à Rússia e Bielorússia.

Antes de partir para Espanha, amanhã, o Presidente venezuelano fará uma homenagem a Simão Bolívar, libertador da América do Sul, numa praça com o mesmo nome em Lisboa e terá um encontro com empresários portugueses.

Um dos acordos em preparação entre os executivos de Lisboa e de Caracas é o da ampliação do porto de La Guaira - infra-estrutura visitada por Sócrates em Maio e que é um dos principais pontos de abastecimento à capital venezuelana.

De acordo com a carta de intenções assinada em Caracas durante a deslocação do primeiro-ministro português, um consórcio nacional de empresas nacionais, liderado pela Teixeira Duarte, deverá ganhar uma obra de 415 milhões de euros, cujos trabalhos de construção deverão arrancar a curto prazo.

A Teixeira Duarte está ainda envolvida em projectos para a construção da "barragem de Duas Bocas e obras hidráulicas auxiliares" - infra-estruturas estimadas em cerca de 190 milhões de euros.

Ainda ao nível de acordos económicos, empresas portuguesas deverão construir habitação social em centros urbanos venezuelanos, enquanto na área da energia eólica a EDP vai dar apoio do ponto de vista técnico e de transferência de energia aos trabalhos que a petrolífera venezuelana, a PDVSA, tem nas Caraíbas.

Já com o acordo para a liquefacção e posterior comercialização de gás, a EDP passará a ter um dos três trens da PDVSA (nos outros dois a GALP está presente), entrando na exploração com uma percentagem entre 12 e 15 por cento.

Por outro lado, o Presidente venezuelano já mostrou interesse em levar para o seu país o programa e.escolas, que tem sido desenvolvido pelo Governo português.

O programa e.escolas foi lançado em Setembro pelo Governo português e permite aos alunos do terceiro ciclo e ensino secundário a compra de computadores com acesso à Internet em banda larga a preços competitivos.

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