O protagonista da final: Fernando "El Niño" Torres
Na Áustria, em Viena, nos treinos falava-se dele pelas costas. Fica para a próxima, escreviam os especialistas. Ontem, “el niño” sabia que estava na altura de transpor as barreiras de protecção e mostrar que também faz parte da selecção que Luis Aragonés montou, que também merece transportar o troféu que tanto trabalho deu a ganhar aos seus colegas de equipa.
Com o passar dos minutos, percebeu-se que este era outro Torres. Mertesacker e Metzelder? Anões. Lahm? Uma tartaruga. Lehmann? Um pontinho minúsculo numa baliza que parecia a porta de um celeiro. Corajoso, "El Niño" enfrentou a besta e saiu do Ernst Happel de cabeça erguida e com a bandeira de Espanha pelas costas, como a capa de um super-herói.