Microsoft compra MobiComp e cria em Braga primeiro centro de serviços móveis da Europa

Este é o maior investimento de sempre da Microsoft em Portugal. Valores não foram revelados

a A Microsoft anunciou ontem a intenção de adquirir a totalidade do capital da MobiComp, empresa portuguesa com sede em Braga especializada em soluções para telecomunicações móveis. O negócio envolve "dezenas de milhões de euros", afirmou em conferência de imprensa o director-geral da Microsoft Portugal, Nuno Duarte. Embora tenha preferido não avançar com o montante envolvido, o responsável da Microsoft sublinhou que "é um valor significativo numa área de tecnologia de ponta" e "o maior investimento estrangeiro directo de sempre" do grupo norte-americano em Portugal.
Com esta aquisição, que Nuno Duarte espera estar concluída "dentro de duas a três semanas", a Mobicomp vai integrar um centro de investigação e desenvolvimento que, funcionando a partir de Braga, será "o primeiro de serviços móveis da Microsoft na Europa". Todos os actuais trabalhadores da MobiComp têm assegurados os seus postos de trabalho, garantiu o director-geral da Microsoft Portugal.
Para Nuno Duarte, "a MobiComp completa a visão da Microsoft" e vai permitir integrar nos produtos do grupo norte-americano as tecnologias desenvolvidas pela empresa portuguesa, tais como a criação de cópias de segurança e restauro de dados móveis, e a disponibilização através de dispositivos móveis de conteúdos sociais em sites na Internet como, por exemplo, o Facebook.
A este nível, o director-geral da Microsoft Portugal destacou que, com esta aquisição, todos os utilizadores no mundo dos telemóveis Windows Mobile (há já mais de 20 milhões de licenças vendidas) passarão a usar uma tecnologia "made in Portugal" incorporada.
Carlos Oliveira, fundador e director executivo da MobiComp, assegurou que estavam "motivadíssimos para começar o trabalho que vai permitir criar e produzir telemóveis para todo o mundo". Criada em 2000, a MobiComp tem escritórios em Lisboa, Espanha, Reino Unido, Dubai e Finlândia, tendo facturado em 2007 cerca de três milhões de euros.

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