“Le Bassin aux Nymphéas”, um quadro de Claude Monet que pertence à série de nenúfares brancos, bateu o recorde mundial para uma obra deste pintor impressionista francês: foi vendido em leilão por 40,9 milhões de libras (51,6 milhões de euros).

O quadro foi muito disputado no leilão que se realizou hoje, na casa leiloeira Christie’s, em Londres. Tinha uma base de licitação entre as 18 e 24 milhões de libras (22 a 30 milhões de euros) mas rapidamente o valor duplicou. A tela de um metro por dois, datada de 1919, foi comprada por uma mulher cuja identidade não foi revelada.

Este quadro foi pintado na última fase da vida do artista francês (1840-1926). Monet pintou-o em Giverny, na sua casa na Normandia, onde viveu quase toda a vida. O quadro de 1919 foi criado quando Monet já estava quase cego. No jardim desta sua casa, onde morreu, existiam os tais nenúfares que ele reproduziu em vários dos seus quadros.

Fica assim ultrapassado o último recorde para uma obra de Claude Monet que tinha sido atingido em Maio, quando em Nova Iorque foi vendido também em leilão o quadro "Le Pont du chemin de fer à Argenteuil", por 41,5 milhões de dólares (cerca de 27 milhões de euros) segundo a agência de notícias Reuters.

A venda de "Le Bassin aux Nymphéas" por este valor mostra, na opinião de Olivier Camu, o responsável pela arte moderna e pelo impressionismo na Christie’s de Londres, citado pela Reuters, que continua a haver confiança no mercado da arte. A Christie’s, escreve por sua vez o "El País" online, considera que a razão mais provável para o quadro ter atingido este montante é por ser o trabalho mais significativo deste pintor dentro da série dedicada a estas flores e que surgiu num leilão realizado na Europa nos últimos 20 anos.

No leilão da Christie’s conseguiram-se também vendas recorde para obras de Óscar Domínguez, Henry Moore e Natalia Goncharova. A casa leiloeira britânica arrecadou um total de 144 milhões de libras (182 milhões de euros), o máximo atingido por um leilão na Europa divulgou ainda a Reuters.