Casa Pia: depoimento de Carlos Cruz suspenso devido à apresentação de novos elementos

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A bola de futebol que a filha de Carlos Cruz terá recebido quando acompanhada pelo pai no Mundialito de Futebol Feminino de 1999 DR

O arguido Carlos Cruz, hoje presente no Tribunal de Monsanto para prestar um depoimento no âmbito do processo Casa Pia, apresentou novos elementos em sua defesa, o que levou o advogado do arguido Carlos Silvino e o advogado da Casa Pia a pedirem tempo para os analisar.

Em causa está a apresentação de uma bola de futebol que a filha de Carlos Cruz, Marta, terá recebido, quando acompanhada pelo pai, no Mundialito de Futebol Feminino no dia 20 de Março de 1999, em Loulé.

Ora, no mesmo dia, o arguido Carlos Silvino disse em tribunal que teria visto o arguido Carlos Cruz em Elvas e que este "teria transportado jovens a uma morada cita naquela cidade para alegadas práticas sexuais", citou o advogado de Carlos Cruz, Ricardo Sá Fernandes.

O advogado de Carlos Silvino, José Maria Martins, pediu, em sequência, uma perícia à bola. Isto porque a bola contém uma inscrição, que José Maria Martins diz não ser a data de 20 de Março de 1999. Aos jornalistas, à saída do tribunal, Carlos Cruz esclareceu que a inscrição na bola não é uma data mas sim "US 99", reportando-se à equipa de futebol feminino dos Estados Unidos que assinou a bola dada à sua filha Marta.

O apresentador de televisão disse não ter "nenhuma fotografia desse jogo", ao qual terá acompanhado a filha, e desconhecer também se existe algum registo de imagem seu no mesmo evento.

Lamentando mais este atraso no processo, Carlos Cruz salientou, porém, que considera que "não houve intenção de atrasar o julgamento", já que "é perfeitamente legítimo que, perante novos documentos, não se prescinda do tempo legal para os avaliar".

A próxima sessão de depoimentos de Carlos Cruz decorrerá no dia 17 de Junho. O apresentador de televisão adiantou aos jornalistas que não apresentará mais documentos.

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