BE questiona promoção por mérito de Vitor Bento no Banco de Portugal, há oito anos de licença sem vencimento

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Vitor Bento não está no Banco de Portugal desde 2000 Nuno Ferreira Santos

O Bloco de Esquerda (BE) pediu hoje esclarecimentos do Banco de Portugal sobre os critérios que ditaram a promoção "por mérito" de Vítor Bento, o presidente da Sedes, a Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, e da SIBS, sociedade interbancária de Serviços, que há oito anos está com uma licença sem vencimento.

"Como se pode promover por mérito alguém cujo mérito é não estar no banco", questionou o deputado bloquista Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas para justificar o requerimento entregue hoje na Assembleia da República.

O pedido do BE surge depois de a Comissão de Trabalhadores do Banco de Portugal ter solicitado explicações ao governador sobre a situação de Vítor Bento, que desde 2000 "se encontra em situação de licença sem retribuição", de acordo com o próprio banco.

Na resposta, em documentos distribuídos pelo BE, o próprio Banco de Portugal fundamentou a decisão de promover Vítor Bento a partir de 1 de Janeiro de 2008 por "critérios de gestão e equidade interna", de director de escalão "18A" a director "18B".

"Na sequência dos esclarecimentos insatisfatórios que deu aos trabalhadores do banco", o deputado Francisco Louçã questionou "por que razão os critérios de promoção não são os critérios da verificação da actividade das pessoas no banco".

A Comissão de Trabalhadores questionou que Vítor Bento se "o trabalhador não esteve ao serviço efectivo do banco", dúvidas partilhadas pelo deputado e coordenador da comissão permanente do Bloco: "Como pode haver uma promoção salarial por mérito absoluto se a pessoa não desempenha funções?"

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