Assembleia Municipal recusa abertura de inquérito ao alegado favorecimento da Leirisport

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A presidente da Câmara, Isabel Damasceno, recusa abrir um inquérito Daniel Rocha (arquivo)

A maioria social-democrata na Assembleia Municipal de Leiria, com o apoio do CDS-PP, rejeitou ontem a abertura de um inquérito ao alegado favorecimento de ex-funcionários que passaram a fornecedores de serviços de uma empresa camarária.

A polémica surgiu há uma semana e foi objecto de aceso debate na Assembleia Municipal, dividindo os deputados que sustentam a maioria e a oposição, que reclamou o total esclarecimento do caso.

Em causa está o facto de dois ex-funcionários terem celebrado contratos de prestação de serviços de informática dois dias depois de terem sido dispensados e de terem uma outra sociedade com um dos administradores da empresa municipal Leirisport, que gere equipamentos desportivos. Um dos elementos é ainda concessionário de um restaurante no parque de campismo da Praia do Pedrógão, gerido pela Leirisport, tendo ganho o concurso logo depois de deixar a empresa municipal.

A Leirisport tem insistido na legalidade dos casos, garantindo que as escolhas foram feitas de forma a salvaguardar o interesse financeiro da empresa. No entanto, para o deputado municipal eleito pelo PCP, José Augusto Esteves, estes casos indiciam uma "gestão de duvidosa transparência", pelo que propôs a "abertura imediata de um inquérito" ao sucedido.

A presidente da Câmara, Isabel Damasceno, rejeitou essa proposta, considerando-se "esclarecida com as respostas" da Leirisport à empresa. A autarca mostrou-se disponível para ceder essas respostas aos eleitos municipais mas o deputado municipal manteve a proposta de inquérito que foi chumbada pela maioria PSD/CDS-PP, contra os votos favoráveis da oposição (PS/CDU/BE).

Em defesa do PSD, o deputado Carlos Poço considerou "absolutamente desnecessário o inquérito" ao caso, que já havia sido esclarecido pela Leirisport.

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