PCP insiste na incompatibilidade de Vitalino Canas e recusa má-fé

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O deputado comunista João Oliveira afirmou que Vitalino Canas foi “contratado por empresas de trabalho temporário" Daniel Rocha (arquivo)

O PCP recusou hoje as acusações de “má-fé” do socialista Vitalino Canas e insistiu que é incompatível acumular as funções de deputado do PS com as de provedor dos trabalhadores temporários.

Em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, onde decorrem as Jornadas Parlamentares do PCP, o deputado comunista João Oliveira afirmou que Vitalino Canas “não foi eleito por um plenário de trabalhadores” temporários, mas sim “contratado por empresas de trabalho temporário”.

“E se está a negociar contratos com entidades do Governo obviamente o senhor deputado fica na situação de impedimento” previsto no Estatuto do Deputado, insistiu o parlamentar João Oliveira.

O PCP vai propor à Comissão Parlamentar de Ética que analise o que os comunistas consideram ser a situação de incompatibilidade de Vitalino Canas, alegando que “não está conforme com a lei e tem que ser corrigida”.

Vitalino fala em “cruzada do PCP”

Hoje, Vitalino Canas acusou o líder parlamentar do PCP de “má-fé”, ao considerar incompatíveis as suas funções de porta-voz do PS com as de provedor dos trabalhadores temporários.

E explicou as declarações de Bernardino Soares como fazendo “parte de uma cruzada do PCP contra pessoas do PS que têm outras funções fora da política”.

O deputado João Oliveira desafiou Vitalino Canas, “se quiser defender os direitos dos trabalhadores temporários”, a desaprovar as propostas de alteração das leis laborais que o Governo está a preparar e que “apontam para a precarização dos direitos dos trabalhadores”.

Os deputados do PCP estão desde domingo nos Açores para as Jornadas Parlamentares, em que vão analisar as alterações à legislação laboral e os efeitos do Tratado de Lisboa da União Europeia (UE) e que terminam terça-feira.

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