Alegada agressão em sala de aula na Figueira da Foz motiva queixa na PSP

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Mãe da aluna diz que escola ignorou o caso Adriano Miranda (arquivo)

"Apresentei queixa na PSP porque a minha filha foi agredida, humilhada e tem medo de ir à escola. Vai ter de ser acompanhada por um psicólogo. O rapaz é recorrente neste tipo de atitudes e a escola não faz nada para resolver a situação", disse hoje Anabela Santos, mãe da jovem de 16 anos.

Segundo fonte da PSP, na segunda-feira a mãe da aluna acompanhou os agentes desta polícia à escola para identificar o alegado agressor, um jovem de 17 anos, já referenciado pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Figueira da Foz.

A alegada agressão terá ocorrido no final de Março, antes das férias da Páscoa, numa aula de informática e registada em vídeo, através de um telemóvel. Anabela Santos frisa que o filme "é do conhecimento da direcção" da EPFF e que foi posto a circular na Internet e entre alunos e professores. No vídeo vê-se um jovem a dar uma palmada na nuca da rapariga, que está de costas, à secretária, ouvindo-se, momentos antes, um outro aluno a dizer "está a gravar".

A mãe da aluna exige o apuramento de responsabilidades e acusa a direcção do estabelecimento de ensino de ter recusado proceder disciplinarmente contra o agressor.
Câmara vai averiguar o caso
Fonte da CPCJ da Figueira da Foz confirmou que o jovem em causa possui um processo naquele serviço, mas disse desconhecer este caso de alegada agressão. "Não temos conhecimento absolutamente nenhum. A escola não nos disse nada", referiu.
Também a vereadora com o pelouro da Educação da autarquia da Figueira da Foz, Teresa Machado, afirmou desconhecer a situação que, no entanto, pretende ver esclarecida. "Desconheço por completo, ninguém me comunicou qualquer situação anómala. Vou tentar saber o que se passou", disse a vereadora.

A Câmara Municipal, apesar de integrar a sociedade responsável pelo Centro de Formação Profissional da Figueira da Foz (CENFORFF), que alberga duas escolas profissionais, "não tem a gestão diária" da EPFF, a cargo de uma entidade privada, acrescentou a vereadora.

A agência Lusa tentou ouvir, sem sucesso, João Gomes, director da Escola Profissional da Figueira da Foz sobre a situação.