Ministro da Ciência diz que licenciados não sofrem de desemprego

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O ministro reconhece que o emprego encontrado fica muitas vezes aquém das expectativas Nuno Ferreira Santos (arquivo)

Comentando na Rádio Renascença um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) sobre o ensino superior, o ministro, Mariano Gago, disse que “quase não há desemprego entre licenciados”.

Segundo Mariano Gago, quase todos os profissionais com formação superior entram no mercado de trabalho durante o ano seguinte ao termo da sua licenciatura.

“O número de profissionais que sai dos cursos superiores todos os anos para o mercado de trabalho não chega e são todos absorvidos pelo mercado”, disse o ministro à Renascença.

O ministro reconhece no entanto que o emprego encontrado fica muitas vezes aquém das expectativas: “É verdade que muitas vezes, e muitos jovens sentem isso, o primeiro emprego não é aquele que gostariam de ter”, ressalvou, frisando logo de seguida que, “ao fim de um ano de saídas do ensino superior”, não existe “ninguém desempregado”.

Mariano Gago diz também que existem cursos iguais em várias instituições de ensino e que os que revelam menos saída acabam por fechar ou ser reestruturados.

O relatório da OCDE, intitulado “O Ensino Superior na Sociedade do Conhecimento”, envolveu 24 países. No documento considera-se que, além de haver poucos licenciados para as necessidades do mercado português, as instituições de ensino superior são muito dependentes do dinheiro do Estado, pelo que sugere um aumento do valor das propinas.