George W. Bush pede partilha do poder no Quénia
O Presidente norte-americano George W. Bush apelou hoje em Cotonou, Benim, a uma partilha do poder no Quénia para pôr fim às violências e a uma força “robusta” da ONU na província sudanesa do Darfur.
“Os Estados Unidos desejam o fim da violência e um acordo sobre a partilha do poder que ajudará este país a ultrapassar as suas dificuldades”, comentou Bush no primeiro dia da sua viagem por África, que começou com uma curta escala no Benim.
Ontem, o antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, afirmou que os negociadores “definiram um programa de reformas para um novo Governo”, mas continua a ser necessário um compromisso entre ambos os opositores.
A violência político-étnica pós-eleitoral fez mais de mil mortos e cerca de 300 mil deslocados. Os confrontos vieram revelar os profundos conflitos étnicos que não continuam por resolver desde a independência em 1963.
A propósito da província do Darfur, no Sudão, George W. Bush pediu uma “robusta” força das Nações Unidas.
Lembrando a decisão da sua administração de não enviar tropas americanas para o Darfur, Bush considerou que “não há outros caminhos possíveis, a não ser os das Nações Unidas e de uma força de manutenção da paz”.
Numa entrevista transmitida ontem pela Radio France Internationale, na véspera da sua partida, Bush qualificou, mais uma vez, de “genocídio” o conflito no Darfur e disse estar “frustrado com a lentidão” dos desenvolvimentos “no terreno”.
A Minuad, a força híbrida da ONU e União Africana prevista para o Darfur, deverá tornar-se a mais importante força de manutenção de paz no mundo, com 20 mil soldados e seis mil polícias. No entanto, apenas nove mil homens já foram destacados.
Depois do Benim, Bush irá à Tanzânia, Ruanda, Gana e Libéria.