"Surpreendeu-nos ter sido tomada uma decisão tão rápida sobre a data das eleições, que ficou agendada para o dia 1 de Outubro", declarou, depois de ontem ter sido votada uma lei parlamentar abrindo a via para um escrutínio.

Staffan de Mistura anunciou ainda a criação de um sistema de eleição "transparente", chefiado por pessoas "profissionais e qualificadas".

Numa primeira fase, o apelo à submissão de candidaturas, nomeadamente através da Internet, deverá permitir estabelecer uma primeira lista de 15 pessoas para cada lugar. Depois, uma primeira selecção de cinco candidatos será levada a cabo sob supervisão da ONU e, por fim, o titular será designado por uma comissão eleitoral. O processo deverá durar 43 dias a partir do seu lançamento, acrescentou.

Os iraquianos estão a tornar-se cada vez mais críticos em relação ao governo e aos serviços públicos, acusados regularmente de nepotismo e de privilegiarem filiações políticas, em vez de competências.

O representante da ONU no Iraque considerou ainda que a aprovação da lei eleitoral no Parlamento é um bom sinal para a democracia no país.