Kalidás Barreto critica PCP por “tentação hegemónica que constrange” correntes minoritárias da CGTP

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Kalidás Barreto, 75 anos, mantém a presidência da assembleia-geral do Sindicato dos Têxteis do Centro Daniel Rocha (arquivo)

O sindicalista Kalidás Barreto, um dos fundadores da CGTP-IN, lamentou hoje, numa crítica ao PCP, que exista “uma tentação hegemónica que constrange” as minorias no seio da central.

“Desde 1974, não se evoluiu no pensamento unitário da prática da CGTP. Há, umas vezes de forma mais acentuada que outras, uma tentação hegemónica que constrange os grupos minoritários, que não aceitam, naturalmente, a subjugação”, declarou à Lusa o actual provedor do Inatel e militante do PS.

Face à globalização que atinge hoje, também, o mundo do trabalho, essa alegada tendência hegemónica dos comunistas, corrente maioritária da confederação, “pode ter consequências graves, não só na central, mas no enfraquecimento do movimento sindical”, advertiu.

Luís Maria Kalidás Barreto, de 75 anos, que mantém a presidência da assembleia-geral do Sindicato dos Têxteis do Centro como único cargo no movimento sindical, comentava à Lusa, em Coimbra, a realização do XI Congresso da CGTP, tendo defendido a sua adesão à Confederação Sindical Internacional (CSI).

“Há erros que se repetem na central, como o da pouca vontade de filiação internacional”, disse o sindicalista, que esteve na criação da CGTP, em 1970, e integrou a sua direcção até à década de 90.

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