LPN pede medidas integradas para proteger zonas húmidas
A associação defende a definição de “compromissos entre a produção agrícola e a qualidade da água, ou entre o uso do solo e a biodiversidade”.
“Estes ecossistemas suportam milhões de pessoas em todo o mundo, pois são locais de enorme produtividade agrícola e pesqueira, desempenhando um papel crucial como áreas de desova e desenvolvimento de muitas espécies de peixe”, explica.
Além disso, são “zonas de recarga de aquíferos e de purificação de águas doces, fornecendo água para consumo e controlando cheias e inundações”.
A Liga lamenta a “degradação dos rios portugueses”, dando como exemplo o rio Alviela, ribeira dos Milagres e o rio Leça.
As grandes barragens têm impactes negativos “sobre a qualidade da água, a saúde dos ecossistemas aquáticos, reduzem a produção pesqueira nos estuários e, ao impedir o transporte natural dos sedimentos, potenciam o processo de erosão costeira”.
Também as pressões urbanísticas e industriais afectam as zonas húmidas, onde são “desafectadas áreas de RAN (reserva agrícola nacional) e REN (reserva ecológica nacional) para dar lugar a projectos duvidosamente classificados como PIN (projectos de interesse nacional)”. Como exemplo, fala do estuário do Tejo e o novo aeroporto. “O anúncio praticamente final da localização do novo aeroporto em Alcochete, sem a passagem crucial por um processo de avaliação de impactes ambientais, demonstra o desrespeito não só pela legislação mas também pelo valor deste que é o mais importante estuário do oeste europeu”.