a O presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, propôs ontem aos responsáveis da Rede Energética Nacional (REN) a "transferência" para outras localidades dos moradores mais afectados pela linha de muito alta tensão que se pretende construir entre a Batalha e Lavos. "O concelho da Batalha não quer ser um obstáculo ao desenvolvimento do país, pois é uma infra-estrutura necessária a todos, mas não deve ser só a Batalha a pagar", afirmou António Lucas, após um encontro com a REN. Segundo o autarca, a proposta de construir novas habitações para os moradores mais afectados foi bem aceite pelos próprios. Rogério Paulo admite, contudo, que preferia continuar a residir no mesmo local, pois não é dos mais afectados pelo ruído causado pela subestação do Celeiro, onde existem diversas linhas.
António Lucas aproveitou a ocasião para recordar que noutras localidades, como Lavos e Rio Maior, não existe nenhuma casa numa área de 600 metros à volta das linhas de muito alta tensão. Manifesta-se, contudo, satisfeito com o facto de a REN ter concordado com a sua sugestão de fazer um estudo de insonorização da subestação do Celeiro, por forma a minimizar o ruído, que à noite se assemelha ao de uma "fritadeira".
Além disso, o autarca revela que, na véspera da reunião, recebeu uma carta da REN a manifestar-se disponível para financiar outros estudos que possam determinar o impacto das ondas electromagnéticas sobre a saúde, na sequência de um pedido que apresentou nesse sentido.
António Lucas lembra que o principal problema é a concentração de infra-estruturas da EDP e da REN em Celeiro, onde já existem outras linhas de alta tensão. "A análise desta linha não deve ser feita isoladamente, mas no seu conjunto." Daí ter proposto o prolongamento do período de consulta pública do estudo de impacte ambiental, até dia 18. Oito dias antes, a câmara terá de dar parecer, embora não seja vinculativo.
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