Sócrates: “Esta é uma cimeira entre iguais”

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Sócrates defendeu a imigração como uma das prioridades da agenda comum Pedro Cunha/PÚBLICO

Na abertura oficial da cimeira UE-África, no Pavilhão Atlântico em Lisboa, o primeiro-ministro português, José Sócrates, sublinhou que esta é uma reunião “entre iguais” e disse que este deve ser um encontro “com ambição” para conseguir uma estratégia conjunta entre os continentes europeu e africano.

Referindo-se a Portugal como “a ponte perfeita entre a Europa e África”, Sócrates salientou que esta é uma cimeira “entre iguais, entre Estados igualmente soberanos, na comum dignidade humana (...), onde não há culturas menores nem países superiores (...), iguais na responsabilidade política perante os povos e a história”.

A primeira cimeira UE-África realizou-se há sete anos, no Cairo. “Estes sete anos causaram um impasse que tem prejudicado a cooperação entre os dois continentes”.

Sócrates apelou aos esforços de todos para conseguir “uma estratégia conjunta” e garantir a sua implementação. Para isso, disse, “criaremos um novo mecanismo de acompanhamento”.

O primeiro-ministro salientou a necessidade e importância do plano de acção ”com medidas novas e concretas” que será apresentado em Lisboa, e que resultará de um “diálogo político assumido com maturidade e abertura. Sem tabus nem temas proibidos”.

Sócrates lembrou ainda os temas escolhidos para esta cimeira: paz e segurança – nomeadamente a questão dos refugiados e a tragédia de Darfur e Somália -; governação e direitos humanos; questões do desenvolvimento – nomeadamente o cumprimento dos objectivos do Milénio; combate às alterações climáticas e o desafio ambiental e as migrações. Este tema foi “onde mais se sentiu ausência de diálogo e cooperação nos últimos anos”, considerou Sócrates. “Não podemos ficar indiferentes ao drama de uma imigração desesperada”.

“Esta cimeira foi adiada tempo demais (...). Com os novos instrumentos políticos que esta cimeira inaugura, com o diálogo político que aqui reatamos poderemos alcançar melhores resultados na agenda comum”.

A sessão de abertura segue-se com as intervenções de mais seis líderes europeus e africanos.

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