Projecto para parque de estacionamento no centro de Aveiro contestado por comerciantes

Equipamento subterrâneo previsto na parceria público-privada já aprovada pelo executivo municipal será hoje analisado pela assembleia municipal

a Os lojistas instalados na Avenida do Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro, opõem-se à construção de um parque de estacionamento subterrâneo naquela artéria. O projecto consta da parceria público-privada que a autarquia pretende estabelecer para construir as novas escolas previstas na carta educativa, conforme foi já aprovado em sede camarária. Ontem de manhã, os comerciantes tiveram a oportunidade de fazer ouvir as suas preocupações de viva voz junto do presidente da câmara, Élio Maia, numa sessão de esclarecimento. O autarca prometeu ter em conta as posições dos comerciantes nas decisões a tomar futuramente. Receosos de que as futuras obras de construção do parque subterrâneo previsto para a principal artéria
da cidade de Aveiro possa vir a arruinar o negócio, cerca de cinco dezenas de lojistas da Avenida do Dr. Lourenço Peixinho decidiram reunir-se, ontem, na sede da Junta de Freguesia da Vera Cruz. Um encontro que se destinava apenas a comerciantes, mas no qual o líder da autarquia também fez questão de marcar presença.
Élio Maia explicou que só depois de escolhido o parceiro privado, no âmbito do concurso público que vier a ser lançado, é que a edilidade irá discutir "projecto a projecto", e prometeu estar atento às preocupações manifestadas pelos comerciantes. "Está tudo em aberto. O processo da avenida, como os outros projectos, está sempre em aberto, até futura aprovação em executivo municipal e eventual concretização", referiu, em declarações aos jornalistas, no final do encontro com os lojistas.
A contestação dos comerciantes foi conhecida nas vésperas da reunião da Assembleia Municipal
de Aveiro, que hoje se deve pronunciar sobre a proposta da autarquia de constituir aquela sociedade comercial. Esta tarde, a partir das 18h00, os deputados municipais analisam o projecto da câmara, que abre a possibilidade de os futuros parceiros privados virem a construir e explorar quatro novos parques de estacionamento na cidade (nas zonas do Rossio, Universidade, Avenida do Dr. Lourenço Peixinho e Centro Cultural e de Congressos). Desta forma, e segundo justificou já a maioria PSD-CDS/PP, a autarquia consegue diminuir o valor da sua participação financeira na renovação do parque escolar.
Para o presidente da câmara, esta contestação ao parque de estacionamento da Avenida do Dr. Lourenço Peixinho não põe em risco a parceria público-privada. "É um projecto com 30 obras. Mesmo que meia dúzia não se façam, não põe nada em causa", argumentou Élio Maia.

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