Estudo mostra que australianos são os maiores poluidores per capita

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No estudo da Carma entraram 50 mil centrais de produção eléctrica Pedro Cunha/PÚBLICO (Arquivo)

Um estudo que abrangeu 50 mil centrais de produção eléctrica do mundo mostrou que os países desenvolvidos produzem maiores emissões de dióxido de carbono per capita do que aqueles cujas economias são emergentes. Neste contexto, os australianos foram considerados os maiores poluidores do mundo por pessoa, ao produzir cinco vezes a quantidade de carbono gerada na China. Os dados foram recolhidos pela Carbon Monitoring for Action (Carma) e compilados pelo Center for Global Development.

Os Estados Unidos ocupam o segundo lugar da lista, com oito toneladas de carbono per capita, dezasseis vezes mais que a quantidade produzida na Índia. Além disso, os Estados Unidos encabeçam a lista da produção de carbono total, com 2,5 milhões de toneladas, ficando a China na segunda posição, com 2,4 milhões de toneladas.

O terceiro lugar de inimigo do ambiente, na produção total de carbono, é da Rússia, seguida da Índia, Japão, Alemanha, Austrália, África do Sul, Reino Unido e Coreia do Sul.

Apesar da China ser o segundo país mais poluidor no total, o facto de ter cerca de 1,3 mil milhões de habitantes faz com que a sua média per capita não se destaque. Pelo contrário, a Austrália, com uma população de aproximadamente 20 milhões de pessoas lidera a lista por cabeça de emissões – 10 toneladas per capita -, com números cinco vezes superiores aos dos chineses. O segundo lugar pertence aos Estados Unidos (8,2 toneladas per capita), o terceiro ao Reino Unido (3,2 toneladas per capita), seguido pela China (1,8 toneladas per capita) e pela Índia (0,5 toneladas per capita).

Em declarações à BBC, Kevin Ummel, investigador do Center for Global Development, espera que os dados publicados online incentivem os diversos países a reduzirem o seu impacto no ambiente. “A experiência com as pessoas no que diz respeito às questões ambientais mostrou que oferecendo-lhes informação de que não dispunham, assim como aos mercados, traz sempre melhorias na qualidade ambiental”, explicou o investigador.

Ummel acrescentou, ainda, que os dados das centrais foram fornecidos por fontes oficiais dos Estados Unidos, Canadá, Europa e Índia. Para aqueles que não tinham dados oficiais fizeram um modelo de cálculo que incluía, por exemplo, o tipo de combustíveis, tamanho e idade.

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