Clima: primeiro-ministro da Suécia pede pressão sobre EUA e China

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Mais de mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável Pedro Cunha/PÚBLICO

O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, pediu hoje à comunidade internacional que exerça mais pressão sobre os Estados Unidos e a China para que assumam os seus compromissos na redução das emissões poluentes. Reinfeldt falava na cerimónia de abertura da Semana Mundial da Água, em Estocolmo.

Reinfeldt considera que a União Europeia é um actor crucial para enfrentar os desafios ambientais e para obter uma redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

No entanto, acrescentou que a União Europeia "não é suficiente para se conseguir uma mudança. Precisamos que os Estados Unidos, a China, a Índia e outros países se comprometam com acções".

O governante salientou que as negociações sobre o combate às alterações climáticas estarão numa fase decisiva em 2009. "Estou optimista em relação aos anos que temos à frente. Hoje vemos a consciencialização para o sobre-aquecimento global", frisou.

"O que se torna evidente é que as alterações climáticas atingem-nos primeiro através da água. Sabemos que teremos desafios", salientou o primeiro-ministro.

O chefe do Governo sueco citou estatísticas segundo as quais mais de mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável e mais de 2,4 mil milhões não têm saneamento básico.

Mas há progressos: entre 1990 e 2002, disse, a população com acesso a água potável passou de 71 por cento para 79 por cento.

Apesar de tudo, Anders Berntell, director-executivo do Instituto Internacional da Água, em Estocolmo, alertou que os progressos são lentos. "Ao ritmo actual, a meta de reduzir para metade o número de pessoas sem saneamento básico em 2016 não será cumprida, faltando 600 milhões de pessoas. Pelo menos dois mil milhões de pessoas não terão saneamento", disse.

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