Ilhas Salomão declaram estado de emergência

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Amanhã devem chegar equipas a Gizo que vão avaliar os estragos Stringer/Reuters

As ilhas Salomão declararam hoje estado de emergência depois dos sismos e tsunami de ontem, que causaram o pânico e destruíram povoações. Vinte pessoas morreram. A ajuda ainda não chegou.

A zona mais afectada foi Gizo, onde lojas, escolas e um hospital ficaram destruídos com o sismo. O tsunami arrastou dezenas de casas para o mar. As populações enfrentam agora a falta de água, comida e tendas.

O Governo do primeiro-ministro das ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, declarou hoje estado de emergência. “O meu coração vai para todos vocês”, disse Sogavare numa declaração à nação, numa rádio nacional.

As Nações Unidas informaram que têm uma equipa pronta para viajar até às ilhas Salomão.

“Existem muitas pessoas sem abrigo. Sabemos que muitas povoações em outras áreas da província de Choiseul foram completamente arrasadas”, disse hoje Fred Fakari, responsável pelo Conselho nacional para as Catástrofes das ilhas Salomão, à rádio Australian Broadcasting Corporation.

Fakari informou que as equipas de resgate e as forças internacionais de manutenção de paz no país ainda não tinham chegado à área, esperando-se que cheguem amanhã, por helicóptero, para avaliar os estragos.

O presidente da província ocidental, Alex Lokopio, estima que quatro mil pessoas estejam abrigadas nas montanhas devido aos avisos de que réplicas poderão originar outros tsunami nos próximos dias.

“Nos próximos três ou quatro dias, se nada chegar de Honiara (a capital) ou de outra parte do mundo, vai haver pessoas aqui em Gizo que ficarão sentadas debaixo de árvores, dia e noite”, disse Lokopio.

Número de mortos deverá aumentar

Segundo Fakari, o balanço das vítimas mortais ainda é desconhecido mas as estimativas iniciais apontam para, pelo menos, 20 mortos. Mas ainda existem muitos desaparecidos.

“O número vai aumentar, à medida que harmonizamos os nossos relatórios e chegarmos ao terreno”.

“Não conseguimos informações das áreas mais remotas da ilha. As pessoas estão demasiado assustadas para regressar às suas casas”.

Kevin McCue, director do Centro de Sismologia australiano, diz que existem fortes probabilidades de ocorrerem mais sismos nos próximos dias.

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