Primeiro-ministro leva 71 empresários e quatro ministros à China

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A visita de José Sócrates começa em Pequim Inácio Rosa/Lusa (arquivo)

A comitiva da visita oficial do primeiro-ministro, José Sócrates, à China, que se realiza entre os dias 30 de Janeiro e 4 de Fevereiro, integrará 71 empresários e quatro ministros do Governo.

O objectivo da viagem, de acordo com São Bento, centrar-se-á no crescimento das exportações portuguesas e na captação de investimento estrangeiro.

Para além dos empresários, estarão ainda com José Sócrates alguns convidados "institucionais", entre os quais o empresário Stanley Ho e Carlos Monjardino, da Fundação Oriente.

Stanley Ho, contudo, só se juntará ao primeiro-ministro em Macau, para um fórum empresarial e um encontro com o chefe do executivo chinês.

Tal como já havia sido divulgado, o primeiro-ministro não se encontrará com o Presidente chinês, Hu Jintao, uma vez que este deverá estar, nessa altura, num périplo por vários países africanos, entre os quais a África do Sul, o Sudão e Moçambique.

Ao nível político, estão previstas reuniões no Palácio Novo, no dia 31, com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e, no dia seguinte, com o vice-presidente, Zeng Qinghon, e com o presidente da Assembleia Nacional Popular.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, os empresários escolhidos para acompanharem José Sócrates ou já têm negócios na China ou preparam-se para, em breve, concretizá-los.

Destacam-se, por áreas, os responsáveis dos sectores das tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente das empresas Chipidea, CMG, YDreams, Edisoft, Tekever, Critical, 3D Cities e Innovagency. Pela banca, seguirão representantes do Banco Comercial Português (BCP), Banco Privado Português (BPP), Banco Português de Investimento (BPI) e Banco Espírito Santo (BES).

Na área da engenharia e da consultadoria, estarão presentes a Parque Expo, Roland Berger, Edeluc, Consulgar, entre outras.

O sector da cortiça enviará elementos da Amorim, Vinocor, Fabricor e Cork Art e o dos vinhos da Adega Cooperativa de Borba, João Portugal Ramos, Caves Arcos dos Rei e Sogrape.

Assinala-se ainda a presença de firmas dos têxteis lar, como a Petit Patapon, já com lojas em Xangai, e a Habidecor.

A área alimentar, por sua vez, estará representada, entre outros, por Vasco Pereira Coutinho, que investiu numa empresa de torrefacção de café, em Macau.

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, seguirá também para Pequim, sendo a sua presença justificada pela negociação de pautas alfandegárias e barreiras administrativas que os investidores portugueses gostariam de ver eliminadas.

Por outro lado, está também prevista a abertura de uma representação da Caixa Geral de Depósitos, em Xangai.

Os outros ministros que farão parte da comitiva serão Luís Amado, que tem a pasta dos Negócios Estrangeiros, Mário Lino, com a tutela das Obras Públicas, e Manuel Pinho, que dirige o Ministério da Economia. Da agenda não consta, no entanto, qualquer encontro com os homólogos chineses, muitos deles em viagem por África com o Presidente Hu Jintao.

A visita começa em Pequim, onde José Sócrates terá ainda tempo para visitar a Cidade Proibida. No dia 1, o primeiro-ministro parte para Xangai, onde participará na abertura da exposição Future Dream Experience: China Portugal Innovation 2007. A finalizar, em Macau, José Sócrates verá uma apresentação da Expo 2010.

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