Forte de Sacavém acolhe arquivos pessoais de mais cinco arquitectos

O Forte de Sacavém, monumento que guarda o maior inventário arquitectónico do país, recebe hoje o espólio de mais cinco arquitectos que marcaram a história da arquitectura portuguesa do século XX.De acordo com uma fonte da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), responsável por este património, os arquivos pessoais dos arquitectos Cottinelli Telmo, Carlos Chambers Ramos, Carlos Oliveira Ramos, Vasconcelos Esteves e Jorge Viana serão ali depositados para tratamento e digitalização. A DGEMN recebeu há um ano os arquivos de Francisco Caldeira Cabral, António Viana Barreto, Gonçalo Ribeiro Telles e Ilídio Araújo, num total de 10.162 desenhos e 667 pastas de textos representativos de uma obra considerada pioneira na área da arquitectura paisagística em Portugal.
A DGEMN vai assinar protocolos idênticos com mais cinco arquitectos ou seus familiares, integrando-os nos seus arquivos de fontes documentais que mais tarde ficarão disponíveis para consulta pública, à medida que for feito o seu tratamento arquivístico e digitalização, no site www.monumentos.pt.
Nos termos dos protocolos, os arquitectos mantêm-se os proprietários do espólio, enquanto a DGEMN se torna sua fiel depositária, acolhendo e tratando toda a documentação para tornar possível o seu acesso público. As instalações do Forte de Sacavém contêm milhares de documentos sobre arquitectura e engenharia, desde desenhos a fotografias, que ali foram reunidos nos últimos anos para serem tratados e digitalizados em laboratório.
Actualmente, o arquivo acolhe um espólio documental de arquitectura e engenharia nacional composto por 500 mil peças desenhadas de plantas e fachadas, sete quilómetros de prateleiras de processos administrativos e 300 mil fotografias de edifícios. Este imenso conjunto, recolhido ao longo dos 72 anos de existência da entidade, encontrava-se disperso pelas várias delegações regionais da DGEMN e foi concentrado no Forte de Sacavém em 1999.
Com construção iniciada no século XIX, o forte teve uma utilização para fins militares até lhe ser destinado o acolhimento do inventário e arquivo do património arquitectónico, para o que foi alvo de obras de remodelação.
Na assinatura dos protocolos estarão presentes os arquitectos Carlos Oliveira Ramos, Jorge Viana e Vasconcelos Esteves, bem como familiares dos arquitectos Cottinelli Telmo e Carlos Chambers Ramos. Lusa

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