Segundo o coronel Vanlop Patummaung, uma das bombas explodiu numa cabina telefónica junto ao World Plaza, um imenso centro comercial no centro da cidade, para onde estava prevista uma festa de passagem de ano, cancelada à última hora.

“Seis estrangeiros e um tailandês ficaram feridos”, afirmou o responsável. A televisão nacional adiantou, entretanto, que uma turista estrangeira se encontra em estado crítico, tendo sido hospitalizada com ferimentos graves numa perna.

Uma outra bomba explodiu num canal junto ao centro comercial mas, segundo as informações disponíveis, não terá provocado vítimas.

Horas antes, seis detonações, registadas em diferentes pontos da capital, fizeram dois mortos, ambos de nacionalidade tailandesa, e 26 feridos. A onda de explosões levou as autoridades locais a ordenar o cancelamento das festividades previstas para as ruas de Banguecoque, repleta de turistas para a passagem de ano.

Até ao momento, nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados, que são os primeiros incidentes graves registados na cidade desde o golpe militar que em Setembro derrubou o Governo do primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra.

Segundo as agências internacionais, a primeira explosão ocorreu cerca das 17h20 locais (10h20 em Lisboa), tendo sido seguida, no espaço de pouco mais de uma hora, por outras cinco detonações.

A explosão que terá causado mais vítimas ocorreu numa paragem de autocarro junto a um centro comercial numa das artérias mais movimentadas de Banguecoque, provocando o pânico entre as centenas de pessoas que se encontravam na zona. Fontes hospitalares adiantam que um homem, de 36 anos, morreu nesta explosão e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas.

A segunda vítima mortal resultou da explosão num mercado de vegetais no bairro pobre de Klong Toey, que terá provocado ainda ferimentos em seis transeuntes.

Outras cinco pessoas ficaram feridas na explosão de um engenho colocado num caixote da zona portuária. Há ainda informações de dois feridos numa detonação de fraca potência junto a uma esquadra de polícia em Saphan Kwai e um número indeterminado de pessoas atingidas pela explosão num parque de estacionamento de um segundo centro comercial na estrada que conduz ao aeroporto de Banguecoque.

As primeiras suspeitas apontavam para os grupos rebeldes activos há três anos no Sul do país, de maioria muçulmana, mas a polícia não confirma a informação, lembrando que os separatistas não costumam atacar fora da sua zona.