Tribunal decreta prisão preventiva para mãe de criança que morreu em Monção
A mãe, de 24 anos, que passou a noite detida nas instalações da Polícia Judiciária de Braga, chegou ao tribunal pelas 11h00, com uma hora de atraso em relação ao inicialmente previsto, para ser ouvida pelo juiz. O interrogatório terminou às 16h30. Desconhece-se para qual o estabelecimento prisional que a mulher foi transportada.
A autópsia ao corpo da Sara revelou lesões traumáticas significativas "a diversos níveis", responsáveis pela morte da criança, segundo disse à Lusa fonte do Instituto de Medicina Legal de Viana do Castelo.
De acordo com a fonte, seguem-se agora os exames complementares de rotina e depois a fase de confronto entre as lesões observadas e as informações fornecidas pelos progenitores e ainda o exame policial, efectuado no local.
O IML já transmitiu estas informações ao Ministério Público e as três entidades "avançam agora para esta fase de confronto das provas", que resultará depois num relatório final.
Sara, um dos quatro filhos de um casal de Viseu que se encontra a viver desde Setembro na Quinta da Oliveira, em Mazedo, já estava referenciada pela Comissão de Protecção de Menores de Viseu desde finais de 2005, por negligência familiar, mas sem quaisquer indícios de maus-tratos. A informação, avançada à agência Lusa por fonte da Segurança Social, especifica que a negligência familiar "teria a ver com falta de cuidados de higiene e má alimentação".
A fonte sublinhou, no entanto, a necessidade de se esperar pelo resultado da autópsia para apurar se a morte da Sara se ficou a dever a maus-tratos ou, como alegam os pais, foi resultado de duas quedas nas escadas de casa.
Os pais negam que tivessem infligido maus-tratos à menina e apontam como causa provável da morte as duas quedas que a criança deu nas escadas de casa, terça-feira, quando brincava com os irmãos mais velhos, de quatro e cinco anos. Do agregado familiar faz ainda parte um bebé de três meses.