Sonaecom espera que processo da OPA à PT esteja concluído a 9 de Março
Osório de Castro falava, no Porto, após a entrega à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) da “versão final do prospecto relativo” às OPA lançadas sobre a PT e a PT Multimédia, que conclui “o processo de instrução do pedido de registo” da operação.
Na versão final do prospecto, a Sonaecom manteve a oferta de 9,5 euros por cada acção da PT e de 9,03 euros por cada título da PT Multimédia.
Mesmo preço representa esforço adicionalOsório de Castro diz que a manutenção do preço, “para a Sonaecom, é um esforço adicional, porque se está a pagar o mesmo preço por acções que valem menos hoje do que em Fevereiro de 2006”.
A erosão do valor das acções é justificada pelo advogado “pela performance da PT, pelos passivos adicionais que entretanto se acumularam e pela distribuição do dividendo superior à previsão”.As acções da PT encerraram hoje a subir 0,31 por cento, para 9,84 euros, na Euronext Lisboa, enquanto os títulos da PT Multimédia avançaram 0,93 por cento, para 9,76 euros.
Na sessão de hoje do mercado, as acções da Sonae SGPS progrediram 0,67 por cento, para 1,50 euros, e as da Sonaecom recuaram 1,95 por cento, para 5,02 euros.
Referência à “golden-share” caiuO ponto relativo à “golden-share” do Estado na Portugal Telecom (PT), no âmbito da oferta pública de aquisição em curso, foi retirado da proposta definitiva da Sonaecom, entregue hoje à entidade reguladora do mercado de capitais (CMVM).
Segundo Osório de Castro, a Sonaecom “nunca condicionou a operação à eliminação ou supressão da ‘golden-share’, o que dizia era que esperava que esta não fosse usada para impedir a execução do plano estruturante”.
Para o responsável, o projecto entregue em Fevereiro concretizou “os actos considerados sagrados” pela Sonaecom, que eram a fusão TMN/Optimus, a redefinição das parcerias com a Telefónica, e a venda de uma das redes”.