Ataques organizados no Rio de Janeiro fazem 18 mortos

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Sete dos mortos estavam num autocarro que foi incendiado Marcelo Sayao/EPA

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Roberto Precioso, a ordem para os ataques partiu de presos que receiam as mudanças na administração penitenciária a partir de 2007 e o consequente endurecimento do regime disciplinar.

Precioso acredita que a série de ataques foi organizada por vários grupos criminosos com interesses comuns, com o intuito de pressionar o Governo a negociar concessões e privilégios.

O responsável afastou a hipótese de a onda de violência ter sido uma resposta às acções de milícias formadas por polícias, ex-polícias, bombeiros e militares, que já expulsaram traficantes e ocuparam algumas favelas da cidade.

Segundo os media brasileiros, sete das vítimas mortais estavam num dos seis autocarros incendiados durante a noite, da empresa Viação Itapemirim, que transportava 28 passageiros.

Um dos passageiros, citado pelo jornal "O Globo", contou que o autocarro foi imobilizado por 30 homens. Um deles entrou, assaltou os passageiros e ateou fogo ao veículo. Algumas pessoas conseguiram fugir partindo os vidros do autocarro.

A Polícia Militar já deteve três homens, apontados por testemunhas como responsáveis pelo fogo posto. Estes suspeitos teriam as mãos queimadas e não apresentaram justificações plausíveis para esse facto.

Na onda de violência morreram também dois polícias, uma vendedora ambulante e um homem cuja identidade ainda não foi determinada.

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