Soldado israelita Gilad Shalit vai ser libertado "em breve"
A autoria da captura de Shalit foi reivindicada por três facções palestinianas, entre as quais o movimento radical Hamas, actualmente no poder. Três dias depois, Israel lançou uma série de operações na Faixa de Gaza, que resultou em mais de 200 mortos.
Israel reclama a libertação de Gilal Shalit "sem condições" nem cedências.
"O dossier sobre os prisioneiros palestinianos será encerrado proximamente e a sua libertação, acompanhada pela do soldado israelita, terá lugar em breve", afirmou Haniyeh no aeroporto egípcio de Al-Arich.
Segundo o chefe do Governo palestiniano, membro do Hamas, "é necessário continuar a pressionar Israel no sentido de fechar esse dossier o mais rapidamente possível e libertar os prisioneiros palestinianos e o soldado israelita".
As negociações para a libertação de Shalit têm como obstáculo o número de prisioneiros palestinianos que Israel deverá deixar sair em contrapartida. Haniyeh — que se dirige a Meca, na Arábia Saudita, para a peregrinação anual — indicou que teve conversações com responsáveis sauditas sobre "novos dados relativos à questão palestiniana, mais particularmente quanto à procura de uma declaração de tréguas entre as facções palestinianas".
O Hamas e a Fatah — do Presidente palestiniano, Mahmud Abbas — estão envolvidas numa prova de força, depois de o dirigente da Autoridade Palestiniana ter anunciado no passado dia 16 a realização de eleições antecipadas, menos de um ano depois das legislativas de Janeiro, que deram a vitória ao Hamas. Abbas considera que as eleições poderão ajudar a encontrar uma solução para a crise política, já que os dois movimentos palestinianos não conseguiram, até hoje, formar um Governo de unidade nacional.
Os apoiantes da Fatah e do Hamas cessaram os confrontos há uma semana, após combates armados que fizeram pelo menos 15 mortos e dezenas de feridos.