Combatentes islamistas abandonam a capital da Somália

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Há mais de uma semana que violentos combates opõem forças governamentais apoiadas pela Etiópia a islamsitas somalis Abukar Albadri/EPA (arquivo)

"Retirámos todas as nossas tropas de Mogadíscio", afirmou à estação Al-Jazira o xeque Ahmed.

"Conseguimos manter a cidade e a população a salvo dos bombardeamentos das forças etíopes, que estão a cometer genocídio contra o povo somali", disse o líder da União dos Tribunais Islâmicos.

As forças governamentais somalis anunciaram ontem que assumiram o controlo de Jowhar, uma cidade estratégica e bastião islamista, 90 quilómetros a Norte da capital somali. Os habitantes da capital disseram hoje às agências noticiosas que as tropas governamentais estão a aproximar-se de Mogadíscio em duas frentes — Norte e Noroeste.

A Etiópia reconheceu esta semana pela primeira vez a sua intervenção na Somália, anunciando o início de um contra-ataque com base no direito à legítima defesa.

As milícias dos tribunais islâmicos — acusadas pelos países ocidentais de dar abrigo a elementos da Al-Qaeda — tomaram o controlo da maior parte de Mogadíscio em Junho deste ano, após quatro meses de combates contra uma aliança de senhores da guerra apoiada pelos Estados Unidos.

Governo de transição decreta estado de emergência

O Governo de transição somali decretou entretanto o estado de emergência no país, anunciou o porta-voz do executivo, Abdirahman Dinari. O Governo pretende assegurar "que a paz seja restaurada no país, em particular em Mogadíscio, e que todos sejam desarmados", adiantou o mesmo responsável.

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