Russa Gazprom admite “racionamento” e “escassez” de gás na Europa
As declarações de Medvedev constam de uma entrevista dada à edição de sexta-feira do diário francês “Le Fígaro”.
“Fiquei surpreendido (...) com a partida inopinada dos nossos colegas bielorrussos da mesa das negociações. E achei grotesca a sua chantagem, advertindo os nossos clientes europeus para uma interrupção da passagem do gás russo pelo território bielorrusso”, declarou.
Quarta-feira, a Bielorrússia, pela qual transita cerca de 20 por cento do gás russo para a Europa, ameaçou a Gazprom de interromper esses fornecimentos, caso Moscovo lhe corte o gás.
Hoje, não se conseguiu qualquer progresso nas negociações entre a Rússia e a Bielorrússia quanto ao preço do gás russo, a quatro dias de expirar o ultimato lançado pelo gigante do gás russo.
“Tratando-se de consequências para os nossos clientes, confio que provavelmente isso não venha a acontecer”, afirmou Medvedev, acrescentando que “tinham armazenado o máximo” e que a Gazprom pode ainda optimizar o fluxo de gás transportado via Ucrânia”.