Russa Gazprom admite “racionamento” e “escassez” de gás na Europa

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A Gazprom considera as aemaças da Bielorrússia uma chantagem grotesca Sergie Chirikov/EPA

As declarações de Medvedev constam de uma entrevista dada à edição de sexta-feira do diário francês “Le Fígaro”.

“Fiquei surpreendido (...) com a partida inopinada dos nossos colegas bielorrussos da mesa das negociações. E achei grotesca a sua chantagem, advertindo os nossos clientes europeus para uma interrupção da passagem do gás russo pelo território bielorrusso”, declarou.

Quarta-feira, a Bielorrússia, pela qual transita cerca de 20 por cento do gás russo para a Europa, ameaçou a Gazprom de interromper esses fornecimentos, caso Moscovo lhe corte o gás.

Hoje, não se conseguiu qualquer progresso nas negociações entre a Rússia e a Bielorrússia quanto ao preço do gás russo, a quatro dias de expirar o ultimato lançado pelo gigante do gás russo.

“Tratando-se de consequências para os nossos clientes, confio que provavelmente isso não venha a acontecer”, afirmou Medvedev, acrescentando que “tinham armazenado o máximo” e que a Gazprom pode ainda optimizar o fluxo de gás transportado via Ucrânia”.