Governo garante continuidade da fábrica da Peugeot em Mangualde
"Essa notícia não tem o mínimo fundamento", vincou Manuel Pinho no final da reunião do Conselho de Ministros, comentando a notícia de hoje do "Diário Económico" sobre a possibilidade de o grupo Peugeot-Citroën deixar de produzir na fábrica de Mangualde.
Manuel Pinho adiantou que "a muito curto prazo" vai ser assinado um contrato de investimento, no valor aproximado de oito milhões de euros, para modernizar as instalações da fábrica. Paralelamente estão em curso negociações para a ampliação dos terrenos em que actualmente funciona a unidade industrial.
"O Governo tem seguido muito atentamente e de uma forma construtiva a situação da PSA (...) não há qualquer indicador no sentido negativo", declarou.
Sindicato diz que Governo admite expropriaçãoEsta manhã, um dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos e trabalhador da Peugeot-Citroën adiantou que a Câmara de Mangualde e o Ministério da Economia vão avançar para a expropriarão dos terrenos de que a empresa precisa caso não exista acordo para a venda.
Jorge Abreu afirmou que a PSA continua a negociar com os proprietários a compra dos terrenos contíguos às suas instalações em Mangualde, mas que haverá lugar a expropriações se as negociações falharem.
"Temos a confirmação por parte da autarquia de Mangualde e do Ministério da Economia que, se não houver outra solução, avança-se mesmo para a expropriação dos terrenos", afirmou.
A direcção da Peugeot-Citroën Automóveis de Portugal (grupo francês PSA ) pretende aumentar a unidade de produção de Mangualde e, para tal, é necessário "um total de 80 mil metros quadrados, divido em 20 mil metros quadrados a poente e 60 mil metros quadrados a nascente", tendo, para isso, solicitado "uma evolução do PDM (Plano Director Municipal) que facilitasse a disponibilidade dos terrenos".
Em meados de Novembro, a direcção da PSA de Mangualde alertou a autarquia para a possibilidade de este centro de produção poder ficar fora do plano de desenvolvimento do grupo francês se não for dada uma resposta à sua necessidade de terrenos para o alargamento das instalações.
A unidade emprega 1400 funcionários e dá trabalho a outros cinco mil trabalhadores de forma indirecta.