Rede de pornografia filmava com telemóveis em liceus de Caracas

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Filipe Gouveia/EPA

Segundo Menfris París, conselheiro metropolitano para a Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, o material era exibido em Petare, uma zona onde proliferam os “buhoneros” (vendedores ambulantes) que além dos vídeos de porno grafia comercializavam outro material audiovisual pirateado.

A mesma fonte explicou que a rede de vídeos de pornografia infantil envolve “liceus públicos e privados de toda a cidade de Caracas”.

Foram confiscados quase dois mil vídeos, entre eles o vídeo colombiano “La Autopsia”, que imita uma inspecção do corpo humano com exibição dos órgãos.

Foram também apreendidos os vídeos “Liceus de Caracas” e “Assim é Caracas”, bem como outros desenhos animados pornográficos.

Menfris París adiantou que algumas das gravações contêm actos lascivos com adolescentes de ambos os sexos, realizados em vários liceus de Caracas.

As imagens eram captadas através de telemóveis, e mal acabavam de ser gravadas “eram transmitidas, cortadas e editadas para fazer o vídeo”.

Explicou que, em 14 colégios, foram detectados vídeos com pornografia infantil que exibem raparigas de 12 e 13 anos, que teriam sido obrigadas a realizar actos lascivos.

Essas instituições estão já a ser inspeccionadas por representantes do Ministério de Educação e do Ministério Público venezuelano.

A situação, segundo aquele responsável, “é bastante delicada”.

Segundo París, é necessário que os encarregados de educação orientem os adolescentes para que não frequentem locais em que é exibido aquele tipo de vídeos.

Segundo o canal televisivo de notícias, Globovisión, “a mãe de uma adolescente que aparece num dos vídeos faleceu de ataque cardíaco ao ver a jovem em actos lascivos”.

As autoridades estimam que entre 40 mil e 60 mil vídeos tenham sido distribuídos.

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