Nigéria: 269 mortos confirmados na explosão de oleoduto
“O número de mortos está confirmado em 269. Recuperámos todos os corpos”, avançou o secretário-geral da Cruz Vermelha na Nigéria, Abiodun Orebiyi. Cento e sessenta outras pessoas foram transportadas para dois hospitais em Lagos com queimaduras, indicou, por sua vez, outro responsável da organização.
As operações para recuperar os corpos das vítimas foram demoradas e apenas ficaram concluídas quando se conseguiu extinguir o incêndio provocado pela explosão, cerca de seis horas após o incidente.
A maioria dos corpos foi encontrada totalmente carbonizada, impossibilitando a identificação imediata das vítimas. Na ausência de um serviço de transporte de ambulâncias, um grupo de voluntários ajudou a carregar os corpos até viaturas fretadas pelas autoridades de segurança rodoviária de Lagos.
Numa estrada próxima do local, jovens vendiam já garrafões com petróleo roubado ao dobro do preço oficial.
Longas filas têm-se formado nas estações de combustível do país nas últimas semanas devido à quebra do abastecimento pela companhia nacional petrolífera.
O Presidente Olusegun Obasanjo prometeu não aumentar os preços do combustível durante este ano, após uma série de protestos no ano passado, mas especula-se que os preços vão subir já após o Ano Novo.
As explosões nos oleodutos são comuns na Nigéria por causa das sabotagens nas instalações protagonizadas por traficantes ou habitantes que tentam roubar combustível.
O pior acidente deste tipo aconteceu em 1998, quando mais de mil pessoas morreram na explosão de uma válvula em Atiworo, perto de Warri.
Lagos, a capital económica da Nigéria, é a cidade mais povoada de África, com cerca de 16 milhões de habitantes. A Nigéria, com 130 milhões de habitantes, é o primeiro produtor de petróleo bruto no continente africano e o sexto exportador mundial, com uma média de 2,6 milhões de barris por dia.