Maria José Morgado fica com processos de Pinto da Costa e Valentim Loureiro
O "Diário de Notícias" refere hoje que a magistrada aproveitou a sua passagem pelo Tribunal de Gondomar, ontem, para "obter uma perspectiva geral do processo" e "tomar conhecimento das certidões" que se encontram naquela comarca.
O jornal sublinha que Maria José Morgado terá tomado contacto com cinco processos ligados ao caso Apito Dourado e que entre eles estão duas certidões que envolvem o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e Valentim Loureiro, então presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e da Câmara Municipal de Gondomar.
Uma das certidões terá a ver com a final da Taça de Portugal de 2002/03, entre FC Porto e União de Leiria, que incluirá escutas telefónicas de uma conversa entre Pinto da Costa e Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem e arguido no processo.
Nessa conversa, Pinto da Costa e o ex-dirigente da FPF terão abordado possíveis escolhas de nomes de árbitros para o jogo da final e, numa outra, refere ainda o DN, Pinto de Sousa terá dito ter "conseguido que o árbitro Pedro Henriques subisse ao terceiro lugar [na classificação de árbitros]".
O diário sublinha ainda que sobre Valentim Loureiro pende uma certidão que "diz respeito a um alegado crime de tráfico de influências num caso que envolveu a suspensão do treinador do Gondomar SC, Henrique Nunes". Na escuta telefónica, Valentim Loureiro e José Luís Oliveira — arguido no processo e então presidente do Gondomar — terão acertado pormenores, fazendo pressão junto de Gilberto Madaíl e de um vogal do Conselho de Disciplina, Pedro Paes do Amaral, para que o Gondomar não fosse penalizado.
Maria José Morgado esteve ontem reunida com Carlos Teixeira, procurador titular do processo, durante cerca de hora e meia.