PJ garante estar "muito atenta" à corrupção no futebol
Em entrevista ao "Diário Económico", Alípio Ribeiro afirma que "é uma ideia errada criar expectativas muito altas e pensar que daqui a um ano temos tudo resolvido".
O responsável diz ainda que "a justiça que passa pela comunicação social anda mais depressa do que a justiça dos tribunais" e que, na mesma linha, a PJ vai "tentar andar um bocado mais depressa" porque "a sociedade assim o exige".
Sobre a articulação dos vários braços judiciais, o director nacional da PJ assume que "as polícias perdem o controlo dos processos e, então, passam para uma nova realidade, que é a do Ministério Público, que por sua vez deduz acusação e depois vai para julgamento. Aí, o próprio DIAP [Departamento de Investigação e Acção Penal] perde o controlo do que se passa".
"Nós temos que entender a Justiça como algo que deve funcionar em cadeia. Temos ideia da prova — mas não sabemos o que aconteceu em julgamento", nomeadamente por que é que algumas provas não tiveram utilidade.
Alípio Ribeiro lamenta que não haja "feedback" entre o Ministério Público e a PJ e — em última linha — a magistratura, com o objectivo de "corrigir procedimentos".