George W. Bush prevê ano difícil para o Iraque

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O Presidente americano admitiu que os EUA não estão a conseguir os progressos desejados no Iraque Shawn Thew/EPA

“Não quero fazer prognósticos para o Iraque em 2007, mas sei que serão necessárias escolhas difíceis e sacrifícios suplementares, por que enfrentamos um inimigo que é violento e impiedoso”, afirmou George W. Bush, durante uma conferência de imprensa em Washington, a última antes das festas de Natal.

Depois de ter reconhecido, numa entrevista ao “Washington Post”, que os EUA “não estão a ganhar a guerra no Iraque”, o Presidente norte-americano reconheceu esta tarde que os progressos alcançados pela jovem democracia iraquiana “não são tão rápidos” como ele próprio desejaria.

“2006 foi um ano difícil para as nossas tropas e para o povo iraquiano”, admitiu Bush, sustentando que os grupos armados estão a pôr em causa “os esforços para garantir a segurança e a estabilidade” no país.

Envio de mais tropas ainda em estudo

A semanas do esperado anúncio de uma nova estratégia para a guerra, Bush disse ainda não ter decidido se vai ordenar o envio de mais tropas para o Iraque, mas anunciou ter pedido ao novo secretário da Defesa, Robert Gates, para lhe apresentar, o quanto antes, planos para um eventual aumento do contingente no país.

Os apoiantes da iniciativa afirmam que os recentes dados do Pentágono – que apontam para um aumento de 22 por cento da violência nos últimos três meses – comprovam a necessidade de ter mais tropas no terreno para ajudar os militares iraquianos a combater o terrorismo e a violência sectária.

No entanto, comandantes militares, citados pelo “Washington Post”, contestam o projecto da Casa Branca de enviar entre 15 a 30 mil militares para o Iraque, por um período inferior a oito meses, argumentando que a missão destes efectivos não foi claramente definida.

Bush prometeu ter em conta todos os contributos, nomeadamente da oposição democrata, na elaboração da nova estratégia e revelou que irá “ser mais exigente os aliados iraquianos”, desafiados a assumirem maiores responsabilidades na segurança do país.

O Presidente norte-americano deixou claro, porém, que não admite incluir a Síria e o Irão nas discussões sobre o futuro do Iraque – ao contrário do que foi sugerido pela comissão que encarregou de apresentar propostas para uma nova estratégia –, insistindo que os dois países são responsáveis por boa parte da instabilidade que afecta a região.

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