Dragões de Komodo podem reproduzir-se por autofecundação

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Flora não foi fecundada por um macho Dave Thompson/AP

Estes répteis originários de uma pequena ilha vulcânica da Indonésia, da qual receberam o nome, são capazes de se reproduzir por partenogénese (ou autofecundação), revelam os investigadores dirigidos por Phillip Watts, da Universidade de Liverpool.

Ameaçada em estado selvagem, a espécie é alvo de um programa internacional de criação em cativeiro. Os primeiros quatro dragões de Komodo “europeu” nasceram em Março no Zoo de Londres, graças a uma fêmea enviada pelo parque francês de Thoiry para evitar problemas de consanguinidade.

A análise genética aos ovos das fêmeas de Londres e de Chester revelou que elas se podem reproduzir sem ter contacto com um macho.

“A partenogénese constitui um fenómeno que ainda não é reconhecido para a gestão genética das populações ameaçadas”, notam os investigadores. Uma única fêmea, não fertilizada, pode fundar uma colónia no âmbito da qual pode ser retomada a reprodução sexual.

Estima-se que apenas existam na natureza quatro mil dragões de Komodo, mil dos quais fêmeas adultas.

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