“Os Estados Unidos continuam a deter várias centenas de combatentes da rede Al-Qaeda e taliban que, acreditamos, representam uma ameaça persistente para os Estados Unidos e para os seus interesses”, disse Bush.

Segundo números do Pentágono, são 395 os detidos em Guatánamo, em Cuba.

Bush disse também que as operações do Exército norte-americano conseguiram “diminuir, significativamente, as capacidades de treino” da rede Al-Qaeda.

O Presidente reserva-se ao direito de tomar todas as medidas suplementares necessárias para “o exercício do direito americano à autodefesa e à protecção dos cidadãos e dos interesses americanos”. Estas medidas podem consistir no envio de forças de emergência para operações sensíveis em diferentes regiões do globo, acrescentou.

O relatório enviado às duas câmaras do Congresso especifica os efectivos norte-americanos destacados no Afeganistão (cerca de 21 mil), no Iraque (cerca de 134 mil), no Kosovo (cerca de 1700) e no quartel-general da NATO em Sarajevo (cem).

Hoje, dois influentes democratas norte-americanos – a senadora Hillary Clinton e o presidente da comissão das forças armadas da Câmara dos Representantes, Ike Skelton – mostraram-se reticentes face ao aumento dos efectivos militares no Iraque.

Os media noticiam que a administração Bush pretende enviar entre 20 mil a 30 mil soldados suplementares para o Iraque.

“Tudo o que sei me leva a crer que no melhor cenário, este reforço não vai mudar nada, e no pior esta medida poderá agravar a situação”, disse Ike Skelton.