Mãe acusada de deixar filho morrer à fome conhece hoje sentença

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Nas alegações finais o Ministério Público pediu 13 anos de prisão para a arguida, enquanto que a defesa solicitou a absolvição.

O caso ocorreu a 3 de Maio de 1988, mas a mulher — actualmente com 43 anos de idade, que residia então na Barosa, em Leiria — só agora foi julgada porque se mudou para Andorra após a morte do filho.

O representante do Ministério Público considerou nas alegações finais que se estava perante "um crime baixo e vil", enquanto a defesa tentou partilhar a responsabilidade com a sociedade, tendo em conta o "quadro de miséria" que a arguida admitiu existir na sua casa.

Na primeira sessão do julgamento (a 17 de Novembro), o médico que há 18 anos fez a autópsia ao corpo do menor revelou que "o cadáver era só pele e osso, não tinha massa muscular", apontando para "uma situação arrastada" por diversos meses de deficiência alimentar.

A arguida, sobre quem pendiam mandados de detenção, apresentou-se voluntariamente em tribunal há mais de um ano para ser julgada. Vive actualmente na Marinha Grande.