Tribunal de Roma recusa pronunciar-se sobre caso Welby sobre direito à morte

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Cerca de 200 pessoas reuniram-se em frente ao edifício da câmara de Roma Sandro Pace/AP

O tribunal considerou não ter as competências necessárias e enviou o caso para a esfera política para “colmatar o vazio jurídico” na matéria.

Segundo a juíza Angela Salvio, que analisou o caso, apenas a política poderá interpretar a problemática “relativa aos cuidados dos doentes em fase terminal” e dar “uma resposta ao desespero dos doentes”.

“Na ausência de uma regulamentação e de um quadro jurídico com elementos concretos de natureza científica”, o pedido de Piergiorgio Welby “não pode ser defendido pela Justiça”, salientou Salvio nas 15 páginas da decisão.

Welby, com 60 anos, respira graças a uma máquina, desde 1997, e é alimentado através de uma sonda. A família diz que o seu estado de saúde se tem vindo a agravar desde o Verão. Os seus advogados pediam o direito do seu cliente em suspender os cuidados médicos.

Uma carta que dirigiu, em Setembro, ao Presidente da República italiana Giorgio Napolitano originou um debate acesso sobre a eutanásia.

Esta noite foram organizadas várias vigílias de apoio a Welby em numerosas cidades italianas, entre elas Roma, Milão, Nápoles e Palermo. Em frente ao edifício da câmara de Roma, cerca de 200 pessoas reuniram-se com cartazes e exigem o direito de “morrer em paz”.

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