Líbano: Rússia pode ajudar a normalizar relações com a Síria

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Siniora não esquece a necessidade de julgar os acusados pela morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri Andres Wiklund/EPA

"Somos a favor da normalização das relações com a Síria. Creio que a Rússia pode envidar determinados esforços nesse sentido", afirmou ontem à noite Fuad Siniora, citado pela agência Interfax, à chegada a Moscovo.

O chefe do Governo libanês salientou que as relações entre o seu país e a Síria devem ser edificadas sobre os princípios do respeito pela soberania e do proveito mútuo.

"Ninguém vai governar o Líbano contra a Síria, mas ninguém vai governar o Líbano a partir da Síria", frisou.

Siniora insistiu na necessidade de se criar um tribunal especial internacional para julgar as pessoas acusadas pela morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri e por outros assassinatos cometidos no país, iniciativa que obteve o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Queremos objectividade e liberdade, queremos que os libaneses não vivam com o receio de atentados terroristas e assassínios políticos", adiantou.

As consultas do primeiro-ministro libanês em Moscovo, durante as quais será abordada a questão do Médio Oriente, realizam-se em vésperas da visita do Presidente sírio, Bachar al-Assad, à capital russa.

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