Irão ameaça prosseguir enriquecimento de urânio em segredo

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Desde 2002 que a AIEA acompanha o programa nuclear iraniano EPA (arquivo)

“Temos um país grande e muito espaço para as centrifugadoras” nucleares, “que podem ser instaladas e protegidas em qualquer lado”, afirmou Ali Asghar Soltanieh, embaixador de Teerão na Agência Internacional de Energia Atómic (AIEA), durante um seminário em Viena.

Comentando a discussão em curso no Conselho de Segurança da ONU, sobre as sanções a aplicar a Teerão, o diplomata afirmou: “O Irão possui a tecnologia e o conhecimento para enriquecer [urânio] e tem a autorização da AIEA. Assim, se os americanos disserem ‘despachem-se a aprovar sanções’ ou ‘ataquem o Irão’ estarão a cometer um erro”.

Desde 2002 que os inspectores internacionais acompanham as pesquisas nucleares do país, apesar de denunciarem periodicamente a falta de cooperação das autoridades iranianas. Contudo, a República Islâmica sempre avisou que, caso venha a ser alvo de sanções, irá suspender a colaboração com a AIEA, passando a desenvolver as suas pesquisas sem qualquer controlo internacional.

As declarações de Soltanieh ocorrem numa altura em que a “troika” europeia (Reino Unido, França, Alemana) e os EUA tentam conseguir o aval da Rússia e da China a um pacote de sanções comerciais contra Teerão, que recusa em suspender o seu programa de enriquecimento de urânio, apesar das suspeitas de que estará a ser usado para desenvolver armas nucleares.

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