Apito Dourado: ex-companheira de Pinto da Costa pediu estatuto de arrependida

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Carolina Salgado lançou um livro em que revela alegadas situações de corrupção desportiva Paulo Pimenta/PÚBLICO

O bastonário da Ordem dos Advogados, Rogério Alves, esclareceu hoje que a legislação portuguesa não contempla a figura do arrependimento mas apenas a concessão de benefícios (na maioria dos casos por redução de pena) aos arguidos cuja colaboração for considerada essencial para a resolução do processo.

Carolina Salgado lançou um livro em que denuncia alegadas situações de corrupção desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça , agressões, perjúrio e fuga à justiça que envolvem Pinto da Costa, arguido no processo de corrupção no futebol conhecido como Apito Dourado.

No livro, Carolina Salgado afirma ter contratado duas pessoas — alegadamente a mando do presidente do FC Porto — para agredir Ricardo Bexiga, então vereador da câmara de Gondomar, cujas denúncias deram origem à investigação do processo Apito Dourado.

Em declarações ao "Diário de Notícias", o procurador-geral da república, Pinto Monteiro, manifestou a intenção de fazer "uma"análise global" do processo Apito Dourado, pelo que convocou o procurador titular dos autos para uma reunião na Procuradoria-Geral da República.

Pinto Monteiro justificou a iniciativa por considerar que o processo em causa "é muito importante, tendo em conta a dimensão social do fenómeno do futebol".