Três portugueses submetidos a testes médicos por precaução para detectar vestígios de polónio 210

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As investigações à substância que terá provocado a morte a ex-espião russo prosseguem Kay Nietfeld/EPA

"As autoridades inglesas informaram Portugal que três cidadãos portugueses estiveram hospedados, entre Outubro e Novembro, em hotéis que revelaram vestígios de polónio 210", disse António Braga.

O responsável adiantou que os cidadãos em causa já foram contactados e que estão a ser acompanhados pela Direcção-Geral de Saúde para a realização de testes médicos.

O secretário de Estado afirmou não se tratar de uma situação de alarme, tratando-se de "exames de mera precaução".

O polónio foi descoberto em 1898 pelos físicos Pierre e Marie Currie, que o baptizaram em homenagem ao seu país de origem, a Polónia, tendo sido um dos primeiros elementos a ser descoberto graças à sua radioactividade. Raríssimo na natureza e muito instável, o polónio é altamente radioactivo, o que torna difícil o estudo dos seus compostos e a sua aplicação.

A substância terá sido utilizada para envenenar o antigo agente secreto russo Alexandre Litvinenko, que morreu a 23 de Novembro, no London University College Hospital, onde esteve internado três semanas. O espião dizia ter sido envenenado durante um jantar com empresários russos, no passado dia 1 de Novembro, num hotel da capital britânica.