Bloco de Esquerda propõe Plano Verde para Lisboa

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Monsanto é uma das zonas que o Bloco quer proteger Fernando Morgado/PÚBLICO (arquivo)

Estas áreas fazem parte da Estrutura Ecológica Contínua definida no Plano Verde, que foi apresentado pelo vereador do BE, José Sá Fernandes, em reunião de câmara no final de Julho e cuja proposta foi chumbada.

Agora o plano vai ser apresentado à Assembleia Municipal, porque o BE entende que se trata de "um projecto fundamental para a cidade". A proposta defende a criação de medidas provisórias até à aprovação do Plano Director Municipal, que deverá ocorrer em 2008. "A revisão do PDM de Lisboa só está prevista para 2008, pelo que se torna urgente a prévia concretização da Estrutura Ecológica Urbana da cidade sob pena de, até aquela data, se ocuparem áreas potencialmente apropriadas para a concretização eficaz de uma verdadeira Estrutura Ecológica no território", refere o documento.

As medidas propostas implicam que nas áreas identificadas como sistema húmido ou seco "não possam ser objecto de qualquer acção que transforme o seu uso ou situação actual" e que a qualquer área do Parque Periférico, junto à Ameixoeira, não possa ser "subtraída para a construção de edifícios ou infra-estruturas que afectem a essência natural do parque".

O plano defende ainda a proibição de qualquer construção nas quintas de recreio, cercas conventuais, logradouros interiores, quintais e jardins que integrem os cascos consolidados da cidade ou edifícios públicos, como hospitais, quartéis e tribunais. Para o Bloco de Esquerda, é necessário "travar e abandonar uma política casuística de intervenção urbana tanto em Lisboa como na área metropolitana".

"O espaço urbano tem crescido casuisticamente sem consideração pelos elementos naturais estruturantes daquela paisagem e sem respeitar os valores culturais e patrimoniais existentes", sublinha.

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