Sócrates reitera crescimento de 1,4 por cento e défice de 4,6 por cento
Questionado pelos jornalistas no final da Cimeira Stock Awards 2006, organizada pelo "Jornal de Negócios" e pela Brisa, sobre a meta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), José Sócrates disse estar "convencido" de que é possível atingir a meta prevista. "Mas quer atinjamos 1,4 por cento ou consigamos atingir um crescimento maior, a verdade é que vamos crescer o dobro do que as principais instituições previram no ano passado", afirmou o chefe de Governo.
O primeiro-ministro referia-se às estimativas para o crescimento do PIB do Banco de Portugal e do Fundo Monetário Internacional, que eram ambas, há um ano, de 0,8 por cento. José Sócrates destacou a importância desta estimativa, numa altura em que "o sector exportador mostra grande dinamismo e em que o desemprego dá sinais de abrandar".
"E não é apenas a economia que está a melhorar", referiu, apontando também a evolução das contas públicas. "Estou em condições de garantir isso aos portugueses, que teremos no final deste ano um défice de 4,6 por cento", afirmou o primeiro-ministro, reiterando a meta esperada.
"Estamos a melhorar. Com certeza não é ainda o momento para deixarmos de fazer esforços, há ainda muito a fazer, mas estamos a melhorar", assegurou.
"Empresas mostram vontade de investir"Sócrates comentou ainda a demonstração de uma melhoria da confiança dos empresários, sublinhando que "o mundo empresarial está optimista quanto ao futuro, com vontade de investir e com vontade de construir um país melhor".
O primeiro-ministro adiantou que este encontro "foi bastante elucidativo do ponto de vista de que a confiança melhorou no nosso país". "Encara-se hoje com maior confiança o nosso futuro", continuou.
"Acho que quem olhou para este ano reconhece que a nossa economia melhorou, que temos vindo a evoluir e a melhorar passo a passo, mas temos vindo a melhor significativamente. E isso é muito animador para a economia portuguesa", concluiu o primeiro-ministro.